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segunda-feira, 12 de março de 2012

Port-Salut

Alguns dias sem escrever, não por falta de coisas vividas.
Talvez seja a euforia de chegar ao Brasil na minha primeira volta, pois a cada 60 dias aqui tenho o privilégio de gozar 8 dias no Brasil. Fora às aulas de francês que tenho duas vez na semana, estou me dedicando a aprender o "creole", ninguém nativa e mais falada no Haiti, seguida do francês.
O creole na verdade deriva bastante do francês...e é uma maneira mais fácil e honesta de conhecer melhor este povo.


Ontem acordei cedo, aquele domingão de sol, encontrei o Rui, um dos topógrafos que trabalham aqui, Moçambicano, me convidou para ir a praia com um pessoal, já estava de saída...tomei um café rápido e fomos buscar um grupo de médicos ( uma cubana, uma equatoriana e um paraguaio) que trabalham no hospital de Camp-Perrin, além deles ainda foram também o Juliano (Brasileiro),  o Alex (Ucraniano)e o Geraldito( Haitiano)...uma verdadeira miscelânea.

O destino era Port-Salut, uma cidade costeira ,cerca de 50km de Camp-Perrin.....é a segunda vez que vou a esta cidade, da primeira vez fiquei numa outra praia...bem pequena que fica perto de um hotel. Era quase carnaval,aproveitei pra registrar o festerê!


Ontemn no caminho de ida fomos conversando e tomando teréré , que o Elvis (paraguaio) havia preparado. Logo depois que passamos a cidade de Les Cayes, vimos uma cena bem forte na estrada...um corpo carbonizado dentre de pneus de carro....provavelmente deveria ser um ladrão - [Vólé - em criole]....que foi pego e feita a "justiça" ali mesmo!
Seguimos e curtimos uma praia pública...mesa na areia,aquele mar azul em frente já chamando para um mergulho...mas antes é sempre bom pedir a comida, pois demora....demora mesmo..(2h30), falei para pedirem igual ao de todos para mim e...fui pro mar!!! Não deu outra..o almoço veio fresco mesmo, pescado pouco tempo depois do pedido.


Peixe na brasa com bastante alho, uma banana amassada, frita numa massa de milho e uma salada de repolho apimentada..Estava ótimo!

Port Salut - primeira vez

Bom, essa semana tem mais. Agora é NON-STOP!


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quinta-feira, 1 de março de 2012

Povo de Camp-Perrin


Completei 1 mês em Camp-Perrin. A cidade que fica no sopé das montanhas, numa delas fica a gruta que fui dias atrás. A "cidade" com cerca de 35.000 habitantes, apesar de ter uma população considerável tem ares de uma vila pois a maioria das pessoas mora no campo, em pequenas comunidades e é da agricultura e da economia informal as principais fontes da economia local.

Nos últimos dias tenho andando mais pela cidade, que se resume praticamente numa grande avenida que corta ela sendo um cordão umbilical, onde se concenta a maior parte da casas, escolas e o pequeno comércio local. Logo pela manhã vê-se as crianças a caminho da escola,sempre todas uniformizadas como se fosse o primeiro dia das aulas, no meio da poeira branca que sobe do chão de pedra calcária.
Há um aqueduto que corta a cidade e tem as mais diversas finalidades, abastecimento para a população, para as plantações, recreação, lavanderia e banho. E todos os dias encontro principalmente as crianças se banhando no aqueduto, de dia , de tarde as vezes ao escurecer também.
Na entrada do nosso alojamento, que era um antigo hotel e foi reformado, passa o aqueduto. A foto abaixo foi tirada bem em frente ao entrada. A cor da água é assim mesmo, azul como o mar daqui. Tudo por conta das rochas calcárias que tomam conta das montanhas da ilha.

Outra cena corriqueira é encontrar as familias em frente as casas, muitas vezes vendendo sabonetes, xampu, bolacha, refrigerantes,  TORO (o energético do Haiti - faz alusão ao famoso "RedBull"), refrigerantes coloridos, etc.



VAI UM TORO AE? -------------- >




Há também as rodas de mulheres que passam horas fazendo tranças nos cabelos. Domingo último quando voltava da caverna reparei uma dessas rodas, perto do alojamento. Vi as mulheres escovando com cuidado os cabelos ao lado de uma espécie de "churrasqueira", mas na verdade é um braseiro, e o tal instrumento eu esqueci o nome, heheh, mas tem a função parecida com a da chapinha.